Como você enxerga a construção de uma casa? Cimento e tijolo apenas? Na verdade, no mercado, existem diversos materiais e maneiras que vão muito além de somente isso. Para falar um pouco mais sobre algumas delas, o blog da Soma Urbanismo traz a série “Diversidade na Construção”, onde a cada novo post traremos um novo tipo de lar para você conhecer!
Hoje é a vez da casa container! Conheça!
Como começou
Conhecido pelo seu uso em fins comerciais e industriais, o container começou a ser utilizado em casas, no Brasil, depois que o conceito de casa container foi introduzido pela arquiteta catarinense Livia Ferraro, em 2009. De lá pra cá, os brasileiros têm investido cada vez mais na ideia.
Lá fora, os projetos são mais antigos, principalmente na Europa e no Japão. Em Rhode Island, por exemplo, nos Estados Unidos, existe prédio construído com 32 módulos de aço reciclados!
Prédio feito de container em Amsterdã, Holanda.
Quais são as vantagens
As vantagens de uma casa container são inúmeras, a começar pela obra. A construção de um lar deste tipo é mais rápida em sua execução e leva de 60 a 90 dias. Além disso, a maioria dela pode acontecer fora do lote, uma vez que os módulos podem ser transportados quase prontos – o que facilita na mobilidade caso a pessoa queira se mudar.
Em termos econômicos, a casa container também se destaca. Se comparado a uma construção tradicional, de alvenaria comum, sua economia gira em torno de 35%. A construção da casa realizada com containers também tem relação com a sustentabilidade e a reciclagem, uma vez que gera pouco impacto no local, não há desperdício de materiais e ainda podem durar até 90 anos.
Em uma casa container, não há desperdício de materiais.
Os tipos de casa container
Uma casa container é construída a partir de um ou mais módulos de aço (ou caixas container) descartados ou inutilizados. Para serem usados na arquitetura, devem passar por etapas de limpeza, funilaria, pintura, entre outros.
Por existirem diferentes tipos desses módulos no mercado, antes de construir a casa, é necessário ter em mãos, primeiramente, um projeto. Nele, o arquiteto leva em consideração fatores como local, conforto e clima.
Container dry standard: é o container mais usado no mundo, destinado a cargas gerais. Totalmente fechado apenas com as portas padrões no fundo. É um dos mais usados na modificação de container para casas, escritórios e etc.
Container high cube: muito parecido com o container dry standard, porém conta com 1 pé a mais em sua altura, o que faz com que comporte mais carga. É o mais utilizado para modificações de container, por ser mais alto.
Container tanque: dentro de uma armação que permite cargas líquidas a granel e líquidos, perigosos ou não.
Container ventilado: igual ao dry, mas no alto do container ou na parte inferior das laterais existem pequenas aberturas para permitir a entrada de ar para produtos como café e cacau.
Container reefer (refrigerado): é parecido com um container dry (standard ou high cube), mas seu chão é diferente. Contém um motor próprio que fornece a refrigeração para manter a temperatura da carga do container entre -25º e +25ºC, de acordo com o produto.
Container granel dry seco ou bulk: mesmo modelo do container dry, porém com escotilhas no teto para carregar e nas laterais para descarregar sua carga.
Container open top: container dry standard sem teto. Tem travessas de sustentação e uma lona. Normalmente usado para cargas como máquinas, mármore e vidro.
Container open side: container dry com 3 paredes.
Flat rack: mistura do container open top e open side, tem apenas as cabeceiras, fixas ou móveis.
No blog Minha Casa Conteiner, a advogada Michele Xavier fala sobre esses tipos e conta todo o passo a passo da construção da sua própria casa container, com posts sobre projetos, custos e “faça você mesmo”. Vale conferir!