Quer investir em um lote, mas ainda não tem dinheiro suficiente? Uma das formas de pagamento, além do pagamento à vista e do financiamento com a própria loteadora, é a partir do financiamento bancário, que conta com vantagens diversas para quem o contrata.
Saiba mais sobre como ele funciona!
Como ocorre o financiamento bancário
No financiamento bancário, a transação é fechada diretamente com o banco, que libera crédito para o cliente já com um destino específico, seja ele a aquisição de um veículo, de um lote ou até a realização de obras e reformas.
Para que o valor seja liberado, são necessários alguns documentos da loteadora, comprovação de renda, para que o banco saiba que você tem recursos suficientes para a cobertura do crédito, comprovação de residência, entre outros requisitos cruciais para a liberação (ou não) do financiamento. No momento da solicitação, também é preciso informar o porquê dela.
Na hora de pagar os recursos recebidos novamente para a Caixa Econômica Federal, principal banco com crédito imobiliário, é possível pagar em até 360 vezes dependendo das condições de compra do bem (o mínimo de parcelas é de 120).
Modalidades e sistemas de amortização
A CEF conta com três modalidades para este tipo de financiamento: o Minha Casa Minha Vida (onde o valor do lote + construção não pode ultrapassar R$ 170 mil), a Pró-cotista (com juros baixos e para trabalhadores que possuem conta vinculada ao FGTS, onde o cliente deve ter no mínimo 3 anos de carteira assinada) e Carta de Crédito SBPE (lotes com o valor mínimo de R$ 200 mil e renda mensal até R$ 7 mil).
Além dessas modalidades, existe também o Crédito Imóvel Próprio, onde o cliente pode dar um imóvel próprio já existente como entrada no financiamento.
Posteriormente, no pagamento das parcelas, caso o cliente já possua uma quantia em mãos e queira reduzir a dívida por meio de um pagamento parcial, há a possibilidade de entrar nos sistemas de amortização: o Price (prestações fixas ao longo do período e o saldo devedor sendo amortizado aos poucos até a quitação do débito) e o SAC (sentido decrescente e com amortizações constantes ao longo do tempo, reduzindo o custo das parcelas).
O valor das prestações e a taxa de juros variam de acordo com as condições da modalidade escolhida e negociada.
Tempo para liberação
O financiamento é liberado sem burocracia e rapidamente quando a pessoa (seja ela pessoa física ou pessoa jurídica) não possui pendências ou quaisquer outros tipos de restrições financeiras no seu nome.
Muitas vezes, o banco, apesar de poder levar alguns dias para analisar os documentos, também pode dar a confirmação da liberação até mesmo no próprio dia da solicitação. Isso varia de acordo com a situação do cliente.
Passo a passo
Ainda ficou com dúvidas? Não tem problema! Agora que você já tem uma base dos conceitos e de como as coisas funcionam no financiamento bancário, a gente te explica o que fazer direitinho para que tudo saia de acordo com o planejado.
1º passo: Simulação
O primeiro e importante passo é procurar a Caixa Econômica Federal e fazer uma simulação para saber quanto você terá disponível de crédito para a construção da casa e em qual modalidade, de acordo com a sua renda. Para tanto, é preciso que você tenha algum comprovante dela em mãos, que pode ser um contracheque, comprovante do imposto de renda, nota fiscal, no caso de produtores rurais, entre outros.
A partir da simulação, a CEF aponta a modalidade disponível para sua renda, que pode ser uma das que citamos acima: Minha Casa Minha Vida, Pró-cotista e SBPE.
2º passo: Entrega e aprovação dos documentos
Após a simulação, é preciso entregar os documentos necessários e tê-los aprovados para participação na modalidade escolhida e posterior liberação do financiamento. Veja a lista completa abaixo:
Documentos de identificação:
Carteira de Identidade (RG);
Cadastro de Pessoa Física (CPF);
Carteira Nacional de Habilitação (CNH);
Carteira de identificação profissional com foto (OAB, CREA etc.);
Carteira de trabalho (CTPS); e
Comprovante de estado civil: para solteiros: certidão de nascimento; para casados: certidão de casamento; para separados ou divorciados: certidão de casamento averbada; Comprovante de renda (holerites); Comprovante de residência atual; Declaração de contribuição do imposto de renda.
Documentação do imóvel:
Contrato de opção de compra e venda;
Matrícula do imóvel atualizada; e
Certidão de logradouro fornecida pela Prefeitura.
Documentação da obra:
Projeto e alvará de construção aprovados;
Matrícula da obra no INSS;
Projeto ART (arquitetônico, execução e complementares);
Memorial descritivo do projeto com especificações técnicas;
Orçamento discriminativo da obra;
Declaração elétrica e de esgoto; e
Documentos de identificação do construtor ou responsável técnico: Carteira de identidade (RG); Cadastro de Pessoa Física (CPF); e Carteira do CREA.
3º Assinatura do contrato e início das obras
Com a aprovação dos documentos, basta as partes assinarem os contratos necessários e as obras começarem!
Para quem não quer ter tanto trabalho com essas etapas, uma solução é a contratação de um agente financeiro. Ele facilita o canal entre cliente e banco e oferece todo o suporte nessas ações e operações financeiras.